Corpus Christi O que significa ???
No Brasil há
um dia feriado dedicado à hóstia da Igreja Católica, é o DIA DE CORPUS CHRISTI,
expressão latina que significa “O CORPO DE CRISTO”, celebrado pela Igreja
Católica na EUCARISTIA, que é um dos sete sacramentos pregados pelo
catolicismo.
Os
sacramentos católicos são:
1 – Batismo
2 -
Confirmação do batismo ( crisma)
3 –
Confissão (penitência)
4 –
Eucaristia.
5 – Ordem
(sacerdotal)
6 –
Matrimônio
7 – Extrema
unção (unção dos enfermos).
I – Corpus
Christi: A Origem
A - Essa
festa religiosa, na qual se comemora a instituição da Eucaristia, teve seu
início em Orviedo, na Itália, no ano de 1263.
B - Segundo
o catolicismo, certo sacerdote, chamado Pedro de Praga, vivia angustiado sobre
a presença de Cristo na Eucaristia.
C - Decidiu
ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo, em Roma, para pedir o
dom da fé.
D - Ao
passar por Bolsena, na Itália, enquanto celebrava uma missa, novamente foi
acometido de dúvida.
E - Na hora
da consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a hóstia branca
transformou-se em carne viva, respingando sangue. Porém não manchou as mãos do
sacerdote.
F - Por
solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos
foram levados para Orviedo em procissão para a Catedral de Santa Prisca.
G - Esta foi
a primeira procissão do Corpus Christi.
H - Em 11 de
Agosto de 1264, o Papa lançou através de uma bula, TRANSITURUS DO MUNDO, o
preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do CORPO DO
SENHOR, a hóstia.
REFUTAÇÃO
DESSA ESTÓRIA
A - Essa
estória é suspeita:
1 Quem
garante que esse sacerdote viu mesmo esse fenômeno acontecendo?
2 Um fato só
pode ser levado em consideração quando há testemunhas.
3 Se tudo o
que as pessoas disserem ter visto for levado em conta pelas religiões, teremos
que acreditar em mula-sem-cabeça, Saci Pererê, lobisomem, disco voadores, etc.
4 Toda seita
herética é fundamentada em alguma visão. E, toda visão que não tenha respaldo
bíblico não deve ser considerada.
5 Se já
celebramos o corpo e o sangue do Senhor Jesus na Santa Ceia. Por que fazer um
cortejo solene uma vez no ano levando seu “corpo” por uma avenida?
II – As
comemorações no Brasil
O calendário
de comemorações católicas, no Brasil, é o seguinte:
A -
Carnaval: 47 dias antes da páscoa.
B - Espírito
Santo: 49 dias depois da Páscoa.
C -
Santíssima Trindade: 56 dias após a Páscoa.
D - Corpus
Christi: 60 dias após a Páscoa.
Como
comemoram o corpus christi
A - Em muitas
cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas por onde passa a
procissão com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa.
B - É uma
tradição:
a - os
tapetes de serragem colorida
b - flores
do cerrado
c - grãos
d - vidro moído
e - pinturas
f - raspa de
couro
g - areias
coloridas
h - tudo o
que a criatividade proporciona para este dia, cobrindo as ruas por onde
passa-se a procissão de Corpus Christi.
III – O
Dogma da Transubstanciação
A - O
catolicismo defende a doutrina da transubstanciação, isto é, afirmam que quando
o sacerdote abençoa a hóstia, ela torna-se em corpo e sangue de Jesus.
B - Por
isso, a partir de 1414 resolveram negar o vinho ao povo, afirmando que a hóstia
já contém carne, sangue, ossos, nervos e cabelos de Cristo.
C - Eles
crêem realmente nisso. Veja o que encontramos nos escritos católicos sobre a
hóstia:
1 “Se um
padre sentir-se mal durante uma celebração da missa e vomitar a hóstia, deve
engolir o que pôs para fora” (O Missal Romano. Pág. 58).
2 “O fiel não
pode mastigar a hóstia, pois estará mastigando o corpo de Cristo”.
3 “Dois
rapazes roubaram uma hóstia e a alfinetaram. A hóstia começou a sangrar”
(Contos católicos).
REFUTAÇÃO
A –
Quimicamente
1 Em nenhum
momento acontece transubstanciação.
2 A farinha
e água da hóstia ou o trigo do pão e o vinho continuam inalterados em sua
fórmula química. É só experimentar.
3 Se a
hóstia fosse realmente o corpo de Cristo, os celebrantes deveriam ter mais
cuidado quando tivessem que distribuí-lo para o povo, pois na eucaristia
participam bêbados, adúlteros, fornicários, pessoas que odeiam o próximo,
prostitutas, macumbeiros, etc. e, segundo a Bíblia nem todos são dignos de
participar da comunhão. (I co 11.27-30).
B –
Figuradamente
1 Jesus usou
uma figura de retórica, a metáfora, quando disse “Isto é o meu corpo”.
2 É óbvio
que o pão ali não era o corpo de Cristo, pois Jesus estava com o seu corpo.
3 Da mesma
forma quando ele disse “isto é o meu sangue.” Ora, seu sangue estava correndo
em suas veias.
Essa não foi
a primeira vez que Jesus usou metáfora. Veja outros momentos onde Jesus usou
metáforas (Jo 15.1; Jo 10.9; Jo 14.6; Etc.)
JOÃO 15.1 “1
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.”
João 10.9 “9
Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e
achará pastagem.”
João 14.6 “6
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim.”
C –
Logicamente
1 Jesus
disse “fazei isto EM MEMÓRIA de mim” (I Co 11.24).
2 A
expressão “em memória”, obviamente é porque o homenageado não está presente
fisicamente.
D -
Simbolicamente
1
Ministramos o pão e o vinho como símbolos do corpo e do sangue de Jesus.
IV – Erros
na Eucaristia Católica
Destacaremos
apenas dois erros:
A – PRIMEIRO
ERRO: Apenas o sacerdote participa do vinho. Os demais fiéis recebem apenas a
hóstia (que é o pão). Isto foi estabelecido no Concílio de Constança e
reafirmado no Concílio de Trento
REFUTAÇÃO
- Jesus deu
aos discípulos o pão e o vinho (Mt 26.26-28)
MATEUS
26.26-28 “26 Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e
o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. 27 A seguir,
tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele
todos; 28 porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em
favor de muitos, para remissão de pecados.”
- Os
discípulos também seguiram essa prática de ministrar as duas espécies (I Co
11.23-28)
I CORÍNTIOS
11.23-28 “23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o
Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24 e, tendo dado graças,
o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória
de mim. 25 Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice,
dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes
que o beberdes, em memória de mim. 26 Porque, todas as vezes que comerdes este
pão e beberdes o cálice anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. 27 Por
isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será
réu do corpo e do sangue do Senhor. 28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e,
assim, coma do pão, e beba do cálice;”
B – SEGUNDO
ERRO: Ensinar que todos podem participar da eucaristia, não orientando os fiéis
sobre a condenação que resulta da participação de maneira indigna.
REFUTAÇÃO
- A Bíblia
mostra claramente sobre os perigos que corre aquele que participa da Ceia do
Senhor indignamente. Por isso o apóstolo Paulo se sentiu na obrigação de
alertar os crentes (I Co 11.28-30).
I CORÍNTIOS
11.28-30 “28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e
beba do cálice; 29 pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe
juízo para si. 30 Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e
não poucos que dormem.”
CONCLUSÃO
É errado
cultuar um dos elementos da Ceia do Senhor. Como é errado negar aos fiéis o
vinho, que é símbolo do corpo do Senhor Jesus (Mc 14.22,23).
Sair em
procissão levando um dos componentes da Ceia do Senhor é um ato de idolatria.
ANEXO
POSIÇÃO DA
CEIA DO SENHOR DURANTE E APÓS A REFORMA
2. DURANTE E
APÓS A REFORMA.
A - Os
Reformadores, todos eles, rejeitaram a teoria sacrificial da Ceia do Senhor e a
doutrina medieval da transubstanciação.
B -
Diferiam, porém, em sua positiva elaboração da doutrina escriturística da ceia
do Senhor.
C - Lutero
insistia na interpretação literal das palavras da instituição e na presença
corporal de Cristo na Ceia do Senhor.
D - Contudo,
Lutero substituiu a doutrina da transubstanciação pela da consubstanciação,
defendida exaustivamente por Occam em sua obra sobre o Sacramento do Altar (De
Sacramento Altaris), e segundo a qual Cristo está “em, com e sob” os elementos.
E - Zwínglio
negava absolutamente a presença corporal de Cristo na Ceia do Senhor e dava
interpretação figurada das palavras da instituição.
F – Ele
(Zwinglio) via primariamente no sacramento um ato de comemoração, embora não
negasse que nele Cristo está espiritualmente presente à fé dos crentes.
G - Calvino
defendia uma posição intermediária.
H - Calvino
negava a presença corporal do Senhor no sacramento, mas em distinção de
Zwínglio, insistia na presença real, ainda que espiritual, do Senhor na Ceia,
na presença dele como uma fonte de virtude ou poder e eficácia.
I - Além
disso, em vez de acentuar a Ceia do Senhor como ato do homem (quer de
comemoração quer de profissão), Calvino salientava o fato de que ela é, acima
de tudo, a expressão de uma dádiva da graça de Deus ao homem, e só
secundariamente uma refeição comemorativa e um ato de profissão.
J - Para
Calvino, como também para Lutero, era primordialmente um meio divinamente
designado para o fortalecimento da fé.
K - Os
socinianos, os arminianos e os menonitas viam na Ceia do Senhor apenas um
memorial, um ato de profissão e um meio para melhoramento moral.
L - Sob a
influência do racionalismo, este se tornou o conceito popular.
M -
Scheleiermacher acentuava o fato de que a Ceia do Senhor é o meio pelo qual a
comunhão de vida com Cristo é preservada de maneira particularmente dinâmica no
seio da igreja.
N - Muitos
dos teólogos “da Mediação”, embora pertencentes à igreja luterana, rejeitavam a
doutrina da consubstanciação e aprovavam o conceito calvinista da presença
espiritual de Cristo na Ceia do Senhor.