A CONCESSÃO DO VINHATEIRO
Lc 13.6-9
Esta
parábola começa com algo estranho: “Uma figueira no meio da vinha”. Vinha é uma
plantação de videiras. Por que haveria ali uma figueira? Por uma concessão e
propósito do proprietário. Neste texto, como em outras passagens bíblicas, o
ser humano é comparado a uma árvore.
I)- O VINHATERO DIVINO
1)-
A vinha é de Deus e estamos no meio da vinha do Senhor.
a)
É apenas por sua graça
b)
É apenas por amor.
2)-
Não temos a natureza e a qualidade correspondentes à santidade divina,
a)
mas vivemos pela misericórdia.
b)
Não temos direito de fazer exigências diante de Deus
c)
Nem base, direitos ou méritos.
d)
Devemos Reconhecer a graça e sejamos gratos.
II)_ A ESPECTATIVA DO VINHATEIRO
1)-Todo cultivo representa
investimento e tem um propósito. Nesse caso,
a)
o objetivo era a frutificação.
b)
O Senhor tem expectativas ao nosso respeito.
c)
Ele fez grande investimento em nossas vidas e o maior deles foi o
sangue precioso derramado no Calvário.
d)
Além disso, ele nos deu o seu Santo Espírito e dons e ministérios.
2)- Os frutos são resultados esperados.
a)
O problema é que a expectativa de Deus é, geralmente, diferente da
nossa,
b)
Como pais e filhos têm,
quase sempre, diferentes desejos e planos.
c)
Os pais se preocupam com a saúde
d)
O caráter
e)
A formação educacional e profissional do filho
f)
Sendo uma criança, talvez queira apenas um brinquedo novo.
g)
O que temos desejado,
h)
planejado e realizado?
i)
Quais têm sido nossas prioridades?
O texto fala
sobre um tempo de avaliação. Quando chegamos ao final de cada ano, fazemos avaliações. Aqueles a
quem Jesus se dirigia tinham a tendência de avaliar os outros (Lc 13.1-5)mas
precisamos fazer o auto-exame (1Co 11.28). Quando o fazemos, é possível que nos
gloriemos de muitos resultados que talvez não sejam os que Deus deseja.
III)- A APARÊRENCIA QUE ENGANA
1)- SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura,
a)
Uma figueira pode ser alta,
b)
forte, bonita,
c)
com folhagem exuberante e até flores,
d)
mas, se não tiver fruto, não estará cumprindo sua
missão.
2)- Todas essas características são boas, porém
insuficientes.
a)
O bom não substitui o melhor.
b)
Afinal de contas, para quê
servimos nós?
c)
Para produzirmos sombra?
d)
Somos enfeites?
e)
Nossa madeira terá alguma utilidade?
f)
Nossas folhas servirão como vestimentas? (Gn 3.7).
g)
O que o Senhor procura em nós é o fruto.
h)
Muitos objetos podem
produzir sombra, mas a figueira
existe para produzir figos.
3)- Podemos
ter alcançado tantas coisas nesta vida:
a)
dinheiro,
b)
bens,
c)
posições,
d)
cargos,
e)
títulos e,
f)
ainda assim, não termos produzido fruto.
3- Quando
Jesus voltar, muitos apresentarão um relatório diante dele, dizendo: Senhor, em
teu nome nós profetizamos, expulsamos demônios, fizemos sinais e maravilhas.
Então, ele lhes dirá: Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade (Mt
7.22-23).
4)- Desta
passagem bíblica, entendemos que o exercício dos dons espirituais não é fruto
diante de Deus. Tanto é assim que, nos escritos de Paulo, os dons (1Co 12)
estão separados do fruto do Espírito (Gl 5.22). Podemos trabalhar muito e não
produzir o que Deus espera de nós, assim como Marta trabalhava, mas não
agradava ao Mestre (Lc 10.40).
5) - O que seria então o fruto?
a) O Contrario da
iniquidade. Não é apenas evitar o pecado,
b) mas fazer algo positivo em seu lugar.
c) “Cessai de
fazer o mal e aprendei a fazer o bem…” (Is 1.16-17).
d) O fruto do
Espírito é o contrário das obras da carne (Gl 5.16-22).
e) Podemos
resumi-lo em duas palavras: santificação e amor. A santificação combate o
pecado. O amor não nos deixa inativos, mas nos faz produzir o bem.
6)- Outra
forma de definir o fruto é “aquilo que fazemos de bom por outras pessoas”. O
que eu fizer por mim mesmo não vale como fruto. Como disse Lutero, “nenhuma
árvore produz fruto para si mesma”. Podemos comer e beber do melhor todos os
dias, mas nada disso supera o valor de um copo d’água dado ao sedento (Mt
10.42).
IV)- A PROCURA DE BONS FRUTOS
1)- O dono da vinha veio procurar o fruto e, não o
achando, ficou decepcionado.
a)- A figueira é um símbolo de Israel e representava diretamente
aqueles judeus aos quais Jesus contou a parábola.
a)
Em última
instância, ela nos representa também, pois Deus tem a mesma expectativa a nosso
respeito.
b)
A
expectativa para sua igreja é que um individuo produza onde ele foi colocado
c)
A
expectativa que eu cumpra a minha parte como uma engrenagem para crescimento da
igreja onde eu congrego
2)- Não tendo achado o fruto almejado, o Senhor mandou cortar a
figueira.
a)
Temos neste ponto a manifestação da justiça divina.
b)
Em seguida, ocorre a intercessão.
c)
O viticultor representa o Senhor Jesus, que é nosso advogado
diante do Pai (1Jo 2.1). Personificando o amor divino, ele clama: “Senhor,
deixa-a mais este ano”. Então, a execução judicial foi adiada. Cada dia das
nossas vidas é uma nova oportunidade. Se estamos ainda nesta terra, é porque
não fomos cortados. Ainda podemos frutificar.
d) O processo
pode ser difícil.
e) Cavar em
volta pode ser um procedimento incômodo,
f) que vêm
romper a dureza do solo, expor o que está oculto,
g) retirar as
pedras e nos fazer mais receptivos à água que representa a Palavra de Deus.
h) O adubo pode
não ser agradável,
i) não cheira
bem,
j)
mas é necessário.
k) Precisamos
aprender também com as coisas ruins que nos sobrevêm.
3)- Que Deus
nos ajude a reconhecer tais processos em nossas vidas, de tal maneira que não
venhamos a rejeitar a divina intervenção.
A figueira
ganhou tempo, mas uma nova avaliação já está marcada. O juízo final se
aproxima. Precisamos frutificar enquanto Deus nos permite.
Jesus disse
àqueles homens: “Se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lc
13.5). O arrependimento é o primeiro fruto que o Senhor procura. Este foi o
tema da pregação de João Batista e também do Senhor Jesus ao iniciar o seu
ministério.
Conclusão : Arrependimento
é conscientização, desejo, decisão e mudança. Que Deus nos ajude para que
possamos produzir os frutos que ele procura em nós.