A TRIPLICE VONTADE DE DEUS

                         A TRIPLICE VONTADE DE DEUS    
    
Rm 12:1-3

A verdade a ser aprendida aqui é que como crentes precisamos definir qual é a nossa relação com o mundo. Não nos devemos modelar, conformar, ou moldar segundo o padrão do mundo, mas viver segundo o padrão divino.

Aqui a palavra “Mundo”, (dominado pelo deus deste século - II Coríntios 4:4)

a)- significa o carácter,
b)- as opiniões,
c)-os alvos e a atitude do homem não regenerado.

Há o perigo da Igreja se moldar às modas mundanas no vestuário, na música, nos padrões morais, nas ambições, nos alvos e nos costumes diários, que Satanás desenvolveu com a sua filosofia, com a sua ciência, com o seu governo, com as suas diversões e com as suas religiões.

Há uma diferença na conformação humana
·         - O homem mundano busca o louvor do homem;
·         O crente busca o louvor de Deus;
·         - O mundano só pensa em si;
·         O crente considera os outros;
·         - O mundano só cuida do corpo:
·         O crente cuida da alma;
·         - O mundano só olha para o que é visível.
·         O crente olha para o invisível;
·         - O mundano só cuida do que há de comer, beber, vestir.
·         O crente busca primeiro o reino de Deus e a Sua justiça.

Os crentes, transformados (II Coríntios 5:17) devem ser cristãos autênticos, pertencentes ao outro mundo, que existe acima do nosso. A admoestação é que não nos conformemos à moda do mundo actual, ou que não permitamos que o mundo actual dite as normas de nossa conduta.

Após termos definido nossa relação com o mundo, e iniciarmos uma vida de transformação e mudança, começamos então a nos prepararmos para uma nova prova: experimentar a vontade de Deus e fazer dela nossa prioridade na vida. Somente através da renovação do íntimo é que podemos realmente experimentar a “vontade” de Deus na presente existência. Não basta querer a vontade de Deus. É preciso também viver uma vida transformada.

I- A VONTADE DE DEUS É BOA.

 a)-  Nada do que vem de Deus é ruim. Isso porque Deus é bom (salmo 73:1)

b)- e conforme diz  Tiago 1:17: “toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo

c)- do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança”.

 Assim sendo, pela fé, precisamos entender e aceitar a vontade de Deus.

II- A VONTADE DE DEUS É PERFEITA.

a)-Deus é bom e também é perfeito (Deuteronómio 32:4).
b)- Só Deus é perfeito e suas obras, por isso, são perfeitas.
c)-Ainda que não entendamos, precisamos confiar nisso e declarar a perfeição do Senhor, como lemos em Jó 11:7.

III- A VONTADE DE DEUS É AGRADÁVEL.

A vontade de Deus sempre pode ser aceite, pois é o melhor. Assim sendo, ela é agradável.

a)- Quando nos agradamos a Deus e em sua vontade,
b)- nossa vida passa a ter uma dinâmica diferente

c)- e isso é maravilhoso para nós.  Pr . Magel 

IGREJA -NOIVA DE CRISTO

                                        Igreja – Noiva de Cristo.

Salomão escreveu três livros: Quando era jovem, entre 28 á 30 anos – escreve: Cantares – heb: Shir Hash-Shirim – O mais excelente dos Cânticos!Quando estava no ápice de sua sabedoria, já era um homem formado escreve sua segunda obra: Provérbios – onde encontramos uma profundidade de conhecimento, na qual não encontramos em nenhum outro livro. Já no fim de sua vida, quando já era um velho, senhor de idade, chegando ao fim de seus dias, o seu reino estava uma catástrofe, por que havia abandonado o Senhor, para servir ás mulheres estranhas e seus deuses que havia adquirido na terra, a bíblia diz que escreveu sua terceira obra Eclesiastes!Quando escreve Eclesiastes nos faz entender que poderia ter feito muito mais. Então faz uma retrospectiva e introspectiva e vê que ele negligenciou o Senhor e deixou o tempo passar, com isto escreve o texto de Ec 12.1 “lembra-te do teu criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias”.Pior coisa é o homem chegar ao fim de sua vida, de seu ministério, de sua caminhada, olhar para trás e perceber que poderia ter feito muito mais pra Deus!Já dissera um Rabino Akiba no ano de 95 D.C “ todos os livros da Torá antiga são santos, mas o livro de Cantares é o Santo dos Santos”.Ex: na festa da colheita é lido o livro de Rute diante de toda nação de Israel, mas 8 dias após á Páscoa, o Rabino abre a Torá antiga e lê o livro de Cantares, e os rabinos batem a mão no peito e dizem: “ O livro de Cantares não foi escrito apenas, para o amor de Salomão pela Sulamita, e sim para demonstrar o amor de Jeová pela nação de Israel e também o amor de Jesus Cristo pela igreja!

Para que entendam melhor, é necessário um resumo histórico de quem era Salomão, o que fazia o que tinha o que comia...

Salomão não escreveu apenas três livros: 1Re 4.32 diz: 1005 Cânticos, 3.000 provérbios. Seu pai Davi, teve que fazer guerras, mas assim que passou o trono e não houve guerras. Salomão reinou de 1970 á 1930 – 40 anos de PAZ. Davi profetizou e disse: Chamarás Salomão – Pacífico, paz. Então como não havia guerras, Salomão começou á fazer de Israel a nação mais poderosa da época, em 1Re10. 14 – diz que era retirado nas terras de Israel anualmente – 666 talentos de ouro, o talento é 34 kg – 22.644kg de ouro – 62 kg ouro dia. Além disto, vinham de outras nações negociantes, com presentes á Salomão. Ele era atração, um imã de benção e gloria.

Navios de Tarsis desembarcavam nas terras de Salomão, deixando: perfumes, ouro, prata, especiarias... Diz a bíblia: que havia ouro no reino de Salomão, igual figueiras bravas havia nas campinas. Salomão contava com 40.000 cavalos importados: não eram cavalos comuns, era de sangue puro, vindo de países como: Arábia, Egito e outras nações...

Diz o Josefo historiador: que havia 12.000 cavaleiros: 6.000 nas torres de atalaia, e 6.000 andava com o rei pra todo lado. Os Cavaleiros: vestiam púrpura, tírias, andavam em cavalos brancos, todos com cabeleiras compridas, e nelas eram colocados papelotes de ouro. E quando Salomão ia refrescar os pés, desciam as montanhas para o Riacho, 6.000 o acompanhavam, diz Josefo, que os raios do sol batiam na cabeleira e resplandeciam os rostos, por causa do brilho do ouro. Foram gastos13 anos para construir o palácio, por causa de sua vaidade, mais 7 anos para fazer o templo de Deus. Havia 1.400 carros de guerra, mesmo sem precisar, ninguém desafia tamanho poder na época. Diz a historia que 60.000 pessoas freqüentavam seu palácio diariamente para assentar á grande mesa com o rei. Não eram oferecidos copos de vidro, plásticos e prata, eram de ouro maciço.Para atender o numero de pessoas: 6.730 litros de farinha, mais 100 ovelhas, 30 bois e fora animais de caça.

Como não havia guerras, todos os reis vinham trabalhar no reinado de Salomão e mandavam trabalhadores. A bíblia diz: que eram 153.600 no governo do rei. Sendo que 70.000 subiam montanhas para trazer madeiras de: Cedro, Acácia e Cetim, outros 80.000 subiam montanhas para buscar ouro, prata e pedras preciosas, outros 3.600 eram inspetores, para mandar o povo trabalhar dizendo: Salomão precisa de ouro, mais prata, “ Volte-se ao trabalho”.

A bíblia diz: que Salomão fez 80.000 taças de ouro, todas foram colocadas á disposição no palácio. Salomão cresceu, tornou-se poderoso, todos queriam ver a face de Salomão, a sua glória. Etc.

Segundo a bíblia a rainha de Sabá, foi com sua comitiva e quando chegou no palácio viu a gloria, a beleza, a sabedoria, a majestade, ela encantou-se á ponto de desmaiar-se. “E “dizia:” tudo o que ouvi não se compara, aquilo que meus olhos estão vendo”. Diziam pelas praças: longa vida ao rei Salomão! e encurvados diziam: não há outro igual á Salomão, e nem haverá! Mas eles não conheceram Áquele que era que é, e que há de vir.


alomão muito pensador, estudioso, teve uma grande idéia: (historia paralela).
Preciso conhecer meu povo, caminhar em Jerusalém! O povo só o via nas carruagens, vestimentas reais, etc.

Decidiu ir disfarçado! Pela madrugada diz o historiador My Pearman: chama os serviçais e diz: tire-me a capa, roupa real etc. Vou fazer algo diferente: quero roupa de pastor de ovelhas! Foi descendo ao palácio, e encontra as sentinelas, e disseram: alto lá pastor de ovelhas aonde vai? Vou conhecer a grandeza do reino de Salomão.(ninguém o reconhecia).

Andou o dia inteiro, no fim da tarde, o sol se pondo, ele chegou num lugar onde era a parte mais baixa do reino, chamado Lagar, onde pisava as uvas, para confecção do melhor vinho, que era mandado para o palácio do rei.

Salomão vai entrando no lagar e olha pra trás, vê algo inusitado:Vê 7 torres de atalaia, cada torre um jovem com trombeta de ouro e vestido de branco, preparado para tocar!
Vai entrando no lagar, onde as jovens vestidas de branco, pisavam as uvas de pés descalços o dia todo, para confecção do melhor vinho. Bem de longe avista uma jovem, bela, formosa!Salomão se apaixona por ela. A jovem olha para o pastor de ovelhas e ele vai aproximando e diz: “Ei moça”!Conte-me um segredo!

Pastor de ovelhas eu posso te contar um segredo, mas “Não olheis por eu ser morena (Ct -1.6a), porquanto eu tenho trabalhado no sol do deserto, pisando a uva, para mandar para o palácio do rei”!

Porque existem 7 torres, 7 trombetas e 7 jovens?

Estas torres só estão aí por causa de uma promessa: O rei prometeu que um dia vai vir aqui no lagar, para nos tirar do deserto, e vai nos levar para o seu palácio, e as trombetas só estão aí, porque quando o meu rei voltar às trombetas irão tocar!

Moça! Vejo que tua roupa é branca, olho para ti e vejo que em ti não há mancha, não há sujeira em seu vestido.

Sabe por quê? Eu trabalho todo o dia esperando o meu rei voltar.Toda tarde desço no riacho, lavo minhas vestes, e deixo-as brancas novamente, e volto, pra cá, porque quando o meu rei voltar, ele não pode encontrar mancha na minha roupa!

Salomão insistente diz: Moça!Não sou pastor de ovelhas.“Eu sou o rei!”.Vim disfarçado, porquanto entrei em Jerusalém e não fui conhecido, porquanto tu me conheceste e eu vou deixar-lhe uma promessa: ”Eu vou voltar para meu palácio, vou preparar um lugar para você, vou voltar segunda vez, para que onde eu estiver, estejais vós também!”.
Salomão teve vários tipos de mulheres, mas amou apenas uma!

Aqui está o segredo: Ct - 1. 6a - 0 “não olheis por eu ser morena” as outras mulheres queriam ficar só no palácio, mas a mulher que Senhor ama, e esta esperando o arrebatamento é aquela que está: Conquistando terras ainda não conquistadas, aquela que esta no deserto tomando sol pisando as uvas e que a cada dia diz:está difícil mas estou esperando o rei voltar! Pisar uva é pra poucos!Sabe por quê? Pisar uva não dá ibope! Não dá dinheiro! Não trás reconhecimento! Não dá mídia! Ninguém percebe! Expor ao sol não trás ascensão ao seu nome, mas só o nome D´ele! Os missionários do campo, não têm ibope, não tem reconhecimento, mas estão pisando uvas debaixo do sol! – Eu quero te dizer, Deus só levanta quem pisa uva!

No palácio: 700 mulheres, 300 concubinas. Existiam virgens! As virgens do palácio: virgem não conhecia o rei, virgem só conhece o rei de ouvir falar, nunca dormiu com o rei, nunca passou a noite com o rei, não tem intimidade com o rei: “eu quero te dizer: você que não tem relacionamento com o rei, você vai sentir mal no céu”!Nunca teve intimidade com o rei! Nunca passou a madrugada com o rei, só conhece de ouvir falar!

Certo dia de madrugada se levanta Salomão, e diz: vou sair de novo! O serviçal pega a roupa de pastor de ovelhas! Salomão diz: Eu já fui de pastor de ovelhas, agora quero minha roupa de rei! coroa! carruagem! uma comitiva, alguém diz: onde vamos?
No lagar! Mas lagar não é lugar de rei! Mas é o lugar onde está minha noiva! Mas o senhor vai buscar uma virgem?

É virgem! Mas é “A virgem!”. Ela é formosa como a lua brilhante como o sol, formidável com exército, com Bandeiras!

1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, na sétima trombeta: A Sulamita para de pisar as uvas, olha para sua roupa, para ver se tem alguma mancha. E ela brada em alta voz: ei-lo aí, eis que ouço á voz do meu Amado! O meu Amado é semelhante ao gamo, o meu amado é semelhante ao filho da gazela. Salomão ouve a voz da sua amada! E brada com alta voz: Eis que ouço a voz da minha amada! Ct 2.10: levanta amada minha! Levanta formosa minha! Já passou o inverno, a chuva já se foi, apareceu ás flores da terra, o tempo de cantar chegou, o tempo de dançar chegou, eis a voz do teu amado, que vem saltando pelos montes, meus cabelos brancos como a neve, e olhos como chamas de fogo.


O rei esta voltando para buscar uma igreja exposta ao sol do deserto! O Sol escaldante das dificuldades e privações é pra você, Sulamita do Senhor! Não desista, agüenta mais um pouquinho! Fica firme!

O SÁBIO QUE ENCONTROU UMA EPOSA

                           O SÁBIO QUE ENCONTROU UMA ESPOSA   

                            Mensagem pregada Domingo a Noite  ( Pr Magel )
Cantares 1:6

Salomão muito pensador, estudioso, teve uma grande idéia Preciso conhecer meu povo, caminhar em Jerusalém! O povo só o via nas carruagens, vestimentas reais, etc.

I )- O DISFARCE DO REI

1)- O Rei Decidiu ir disfarçado! Pela madrugada chama os serviçais e diz:
)                       tire-me a capa, roupa real etc.


  •           Vou fazer algo diferente: quero roupa de pastor de ovelhas!

  •           Foi descendo ao palácio, e encontra as sentinelas, e disseram: alto lá pastor)     de ovelhas aonde vai?

  •            Vou conhecer a grandeza do reino de Salomão.(ninguém o reconhecia).

II ) O LAGAR

1 )     Andou o dia inteiro, no fim da tarde, o sol se pondo

a)     ele chegou num lugar onde era a parte mais baixa do reino, chamado Lagar, onde pisava as uvas, para confecção do melhor vinho, que era mandado para o palácio do rei.

b)-Salomão vai entrando no lagar e olha pra trás, vê algo
inusitado:Vê
·         7 torres de atalaia,
·         cada torre um jovem com trombeta de ouro
·          e vestido de branco,
·         preparado para tocar!

2 )- Vai entrando no lagar, onde as jovens vestidas de branco, pisavam as uvas de pés descalços o dia todo, para confecção do melhor vinho.

·         Bem de longe avista uma jovem, bela, formosa!
·         Salomão se apaixona por ela.
·         A jovem olha para o pastor de ovelhas e ele vai aproximando e diz: “Ei moça”!Conte-me um segredo!

Eu posso te contar um segredo, mas “Não olheis por eu ser morena (Ct -1.6a), porquanto eu tenho trabalhado no sol do deserto, pisando a uva, para mandar para o palácio do rei”!

O pastor pergunta : Porque existem 7 torres, 7 trombetas e 7 jovens?


III )- A PROMESSA

1 )- Estas torres só estão aí por causa de uma promessa:
·         O rei prometeu que um dia vai vir aqui no lagar, para nos tirar do deserto,
·         e vai nos levar para o seu palácio,
·         e as trombetas só estão aí, porque quando o meu rei voltar às trombetas irão tocar!

2 ) Moça! Vejo que tua roupa é branca, olho para ti e vejo que em ti não há mancha, não há sujeira em seu vestido.

·         Sabe por quê? Eu trabalho todo o dia esperando o meu rei voltar.
·         Toda tarde desço no riacho, lavo minhas vestes,
·         e deixo-as brancas novamente, e volto, pra cá,
·         porque quando o meu rei voltar, ele não pode encontrar mancha na minha roupa!
·          
O  ÁPICE
·         Apocalipse 22:12-14 Bem aventurado aqueles que lavam suas vestiduras no sangue do cordeiro


IV )- A REVELAÇÃO

11)     Salomão insistente diz: Moça!Não sou pastor de ovelhas.“Eu sou o rei!”
·         .Vim disfarçado, porquanto entrei em Jerusalém e não fui conhecido,
·         porquanto tu me conheceste e eu vou deixar-lhe uma promessa:
·          ”Eu vou voltar para meu palácio, vou preparar um lugar para você, vou voltar segunda vez, para que onde eu estiver, estejais vós também!”.
Salomão teve vários tipos de mulheres, mas amou apenas uma!

Aqui está o segredo: Ct - 1. 6a - 0 “não olheis por eu ser morena”

·         as outras mulheres queriam ficar só no palácio,
·         mas a mulher que Senhor ama, e esta esperando o arrebatamento é aquela que está:
·         Conquistando terras ainda não conquistadas,
·         aquela que esta no deserto tomando sol pisando as uvas e que a cada dia diz:está difícil mas estou esperando o rei voltar! Pisar uva é pra
·         poucos!Sabe por quê?

·          Pisar uva não dá ibope!

·          Não dá dinheiro!

·         Não trás reconhecimento!

·         Não dá mídia! Ninguém percebe!

·         Expor ao sol não trás ascensão ao seu nome, mas só o nome D´ele!


2)- No palácio: 700 mulheres, 300 concubinas. Existiam virgens! As virgens do palácio: virgem não conhecia o rei, virgem só conhece o rei de ouvir falar, não tem intimidade com o rei:
 “eu quero te dizer: você que não tem relacionamento com o rei, você vai sentir mal no céu”!
Nunca teve intimidade com o rei! Nunca passou a madrugada com o rei, só conhece de ouvir falar!

Certo dia de madrugada se levanta Salomão, e diz: vou sair de novo! O serviçal pega a roupa de pastor de ovelhas! Salomão diz: Eu já fui de pastor de ovelhas, agora quero minha roupa de rei! coroa! carruagem! uma comitiva, alguém diz: onde vamos?
No lagar! Mas lagar não é lugar de rei! Mas é o lugar onde está minha noiva! Mas o senhor vai buscar uma virgem?

É virgem! Mas é “A virgem!”. Ela é formosa como a lua brilhante como o sol, formidável com exército, com Bandeiras!

·         3)- 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, na sétima trombeta:

·          A Sulamita para de pisar as uvas, olha para sua roupa, para ver se tem alguma mancha.

·         E ela brada em alta voz: ei-lo aí, eis que ouço á voz do meu Amado!

·          O meu Amado é semelhante ao gamo,

·         o meu amado é semelhante ao filho da gazela. Salomão ouve a voz da sua amada! E brada com alta voz: Eis que ouço a voz da minha amada! Ct 2.10: levanta amada minha! Levanta formosa minha! Já passou o inverno, a chuva já se foi, apareceu ás flores da terra, o tempo de cantar chegou, o tempo de dançar chegou, eis a voz do teu amado, que vem saltando pelos montes, meus cabelos brancos como a neve, e olhos como chamas de fogo.

COMCLUSÃO : O rei esta voltando para buscar uma igreja exposta ao sol do deserto! O Sol escaldante das dificuldades e privações é pra você, Sulamita do Senhor! Não desista, agüenta mais um pouquinho! Fica firme!


·        Quem são os chamados de Bem-Aventurados pelo Senhor aqui?

·        Os limpos de coração, que verão a Deus. São os remidos que terão direito a Árvore da Vida e entrarão na cidade pelas portas.


·        O que estuda de forma sistemática as Escrituras e conhece os sinais, pois é instruído na Palavra.

·        O operoso praticante da Palavra que não será surpreendido pela Vinda do Senhor, pois se preparou para isto.


·        O que permanece vigilante e se santifica até a vinda do Senhor.

·        O que morre no Senhor e descansa nele.


·        O eficazmente chamado que desfruta da comunhão íntima com o Senhor.



·        Os santos ressurretos que reinarão com Cristo.  ( Pr Magel )

HERESIAS E OS FALSOS MESTRES

                                           

                        A LUTA CONTRA AS HERESIAS E OS FALSOS MESTRES

                                                              Igreja Batista Novos Tempos
      

"Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filoso­fia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo". Cl 2.8
O ensino falso perverte a fé cristã e produz divisões dolorosas no meio do povo de Deus.
2 Pe 2.1     Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introdu­zirão, dissimuladamente, here­sias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
2 Pe 2.2     E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade;
2 Pe 2.3     Também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.

Heresia (2 Pe 2:1-3)

As similaridades entre o segundo capítulo desta epistola e a epístola de Judas são tão grandes e óbvias, que quase todos os eruditos admitem que um deles copiou do outro. Alguns creem que Judas copiou de 2 Pedro; mas, a maioria afirma que o presente capitulo foi tomado por empréstimo da epístola de Judas.
"O livro de Judas era peça literária conveniente como base, porquanto o autor sagrado desta epístola desejava mostrar que os falsos profetas, referidos no A.T., podem ser reputados como progenitores espirituais dos hereges gnósticos da Ásia Menor; o material da epístola de Judas, que também ataca o gnosticismo, contém muitas declarações que se adaptam bem a esse tema. Posto que na antiga dispensação havia profetas falsos, não é de surpreender que encontremos, na igreja moderna, elementos falsos, que procuram introduzir doutrinas perniciosas no cristianismo. O capítulo segundo desta epístola é uma exposição sobre a depravação, a falsidade e a natureza destruidora da heresia gnóstica.
2:1:     Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá faltos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até e Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
O sistema gnóstico era a suposta descrição de um meio de salvação. Pintava o homem como criatura decaída, necessitada de ajuda para retornar a Deus. Mas o caminho de retorno era, pelos gnósticos, tido como possível por uma sucessão quase interminável de seres angelicais secundários, todos eles mediadores de alguma maneira. Os gnósticos esperavam que, mediante o «conhecimento», os homens pudessem ser salvos. Mas o conhecimento deles vinha mesclado com o ascetismo, com a licenciosidade, com as artes mágicas e com os ritos secretos de um misticismo falso. Este versículo e Cl 1:20 e ss. mostram que quase todos os gnósticos negavam a doutrina da «expiação» de Cristo como algo que tem valor para o retorno do homem a Deus. Para eles, Cristo não era um Salvador todo-suficiente. Ele seria apenas um outro dos «aeons», que contribuiria com os demais para a salvação do homem. Alguns gnósticos viam em Cristo o mais elevado dos «aeons» e também o Deus criador deste mundo, havendo, naturalmente, muitos outros mundos, com outros tantos deuses e salvadores. Mas alguns gnósticos nem ao menos atribuíam tão elevada posição a Cristo. Eis por que passagens como Jo 1:1-3; Cl 1:15 e ss.; e Ef 1:19 e ss. afirmam tão incisivamente que somente Cristo é o criador de todos os mundos possíveis. E é também por esse motivo que Cl 1:20 e ss. mostra que Cristo é o único Salvador. E é também por isso que 1 Tm 2:5 declara que há «um só Deus» e também «um só mediador» entre Deus e os homens. Os gnósticos negavam a ambas essas proposições. Todas as passagens mencionadas rebatem declarações dos mestres gnósticos. Essa heresia assediou a igreja cristã pôr cerca de cento e cinqüenta anos.
«...falsos profetas...» O autor sagrado passa agora a mostrar que não nos devemos surpreender se falsos mestres surgirem no cristianismo. No antigo Israel também surgiram falsos profetas entre o povo. Isso subentende que, em qualquer era, a comunidade religiosa contará com elementos radicais e falsos, destruidores da fé e do bem-estar espiritual. (Ver Dt 13:1-5; 18:20; Jr 5:31; Ez 13:3 e Lc 6:26 quanto a referências a tais indivíduos, que viveram nos tempos vetotestamentários). Balaão é especificamente mencionado no décimo quinto versículo deste capítulo, fazendo paralelo com a referência em Jud. 11. Ele é um exemplo de profeta falso; e o autor sagrado assevera que haverão muitos iguais a ele nas igreja do N.T.
«...entre vós falsos mestres...», a saber, como os gnósticos que provocavam dificuldades nas igrejas da Ásia Menor. Esses eram «filhos espirituais» dos profetas falsos do A.T., e eram tão depravados e perniciosos como aqueles. Indiretamente, o autor sagrado vincula as comunidades religiosas da antiga e da nova dispensação, dando a entender que a nova é a continuação da antiga. Ora, isso os gnósticos também negavam. Alguns deles admitiam que vários dos profetas do A.T. seriam homens «psíquicos», isto é, dotados de espiritualidade secundária, passíveis de um baixo grau de redenção e glória; mas os gnósticos se imaginavam os «pneumáticos», isto é, homens espirituais em elevado grau, capazes de receber a mais elevada redenção, a saber, a reabsorção na própria essência, com a perda da personalidade, em que o ego se tornava então o superego. Os «psíquicos» seriam remidos através da «fé», ao passo que os «pneumáticos» o seriam através do «conhecimento», o que, na concepção dos gnósticos, era superior à fé. E à maioria dos homens os gnósticos classificavam como «hílicos», isto é, «terrenos», totalmente incapazes de serem remidos, porquanto estavam assoberbados pela «matéria», o «princípio do mal», nunca podendo desvencilhar-se dela, pelo que deveriam perecer juntamente com a matéria, em meio a grande conflagração.
A passagem de 1 Tm 1:4 contradiz essas ideias gnósticas, mostrando-nos que a vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos. Daí se infere que todos os homens podem ser remidos. Pelo que se tem dito aqui, pode-se ver que razões há para chamar os gnósticos da Ásia Menor de «falsos mestres». Além de seus erros doutrinários, eles se mostravam ascetas ou libertinos, ou seja, negavam o bom senso da ética cristã. A variedade gnóstica que perturbava as igrejas da Ásia Menor era a variedade libertina, conforme este capítulo passa a mostrar.
«...dissimuladamente heresias destruidoras...» Alguns tradutores prefe­rem dizer aqui «secretamente»; e outros dizem «em particular». Os métodos de ensino dos gnósticos eram subversivos. Nunca entravam em uma comunidade declarando em que criam. Mostravam-se astutos, procurando firmar o pé, antes de dizerem sua posição. O termo grego «pareisago» indica «trazer secretamente», «trazer maliciosamente». A metáfora tencionada é a de um «espião» ou «traidor», cujo propósito é o de prejudicar ou destruir, que oculta o seu verdadeiro intento. (Comparar com o quarto versículo da epístola de Judas—os falsos mestres «...se introduziram com dissimula­ção...», isto é, sem serem percebidos ou temidos da parte de pessoas simples e inocentes, que confiavam demais nos outros).
«...heresias...» O vocábulo grego «airesis» vem do verbo que significa «escolher», ou seja, indica, basicamente, «selecionar uma doutrina ou uma atividade». (Ver At 5:17; 15:5 e 26:5). No grego antigo, essa palavra era usada para indicar qualquer «seita», como a dos fariseus, a dos saduceus, etc., dando-lhe um sentido em coisa alguma negativo. Gradualmente, porém, o sentido negativo foi sendo atribuído ao termo. Ficou assim subentendido que tal «escolha» diferia da escolha normal dos cristãos. O primeiro uso da palavra, no N.T., descreve homens «facciosos» na igreja, por razão de busca pessoal de poder e egoísmo. Muitos existem que possuem credos ortodoxos, mas que, de acordo com o ponto de vista do N.T., são «hereges». Todos quantos causam divisões, criando denominações e erigindo para si mesmos pequenos reinos, difamando a outros em suas prédicas e se envolvendo em «lutas de poder» na igreja ou suas organizações, de acordo com essa definição, são «heréticos». (Ver 1 Co 11:19 e Gl 5:20).
No presente versículo, porém, certamente está também em foco um sentido que essa palavra adquiriu posteriormente. Os gnósticos ver significado em ebdareiabranca ajuda, causavam divisões, mas também «preferiam» um sistema doutrinário contrário ao do cristianismo moral, sendo assim «hereges» no exato sentido em que esse vocábulo tem na atualidade. Defendiam doutrinas não-ortodoxas, criando uma mensagem que não era a boa mensagem cristã.
«...destruidoras...» Essencialmente por causa da vil posição a que reduziam a pessoa e a obra de Cristo. Para os gnósticos, em sentido algum Cristo era «ímpar», como «o Filho de Deus», pois seria apenas uma, dentre muitas emanações angelicais ou «aeons», um, dentre muitos mediadores e salvadores. A obra de Cristo seria significativa, mas não sem-par. Evidentemente, não viam valor em sua morte como expiação definitiva pelo pecado. Imaginavam que a destruição do corpo físico é que os libertaria do pecado, e de que agora a alma é libertada de seus maus resultados através de ritos mágicos. Quanto à ética, os gnósticos combatidos nesta epístola se mostravam totalmente licenciosos. Eles «puniam» o corpo com a depravação, pois imaginavam que tal ação cooperaria com o desígnio do sistema do mundo, que visaria destruir eventualmente o corpo, a fim de libertar a alma, permitindo-lhe o seu vôo para a realidade última. Portanto, suas doutrinas éticas transtornavam a conduta cristã apropriada, levando os homens para longe de Deus, e não para perto do Senhor, pois «sem a santificação, ninguém verá a Deus» (Hb 12:14).
«...renegarem o Soberano Senhor que os resgatou... » Os gnósticos negavam que Cristo é «soberano» no sentido afirmado pelo cristianismo normal, fazendo dele apenas um dos «aeons». Para eles, Cristo não era «Senhor» em qualquer sentido veraz, porque seria apenas um senhor entre muitos. Mas o trecho de Cl l:15 e ss. expõe vários pontos da superioridade de Cristo, e essa passagem foi escrita especificamente para definir o «senhorio» de Cristo, em contraste com a posição secundária que os gnósticos atribuíam a ele. O termo aqui usado no grego é «despotes», traduzido aqui por «Senhor». E esse era o vocábulo que os gnósticos davam ao governante absoluto. Dentro do sistema deles, havia muitos senhores angelicais, as emanações divinas ou «aeons», muitos dos quais tinham áreas sobre as quais governavam. E os gnósticos não tinham Cristo como o Senhor dos anjos, conforme se aprende em Ef 1:19 e ss. e Cl 1:16. Esse vocábulo é usado por dez vezes no N.T.; por cinco vezes com o sentido de «senhor de uma casa», o governante absoluto de um clã. Ao referir-se a Deus, indicava Deus como o dirigente absoluto do universo. (Ver Lc 2:29 e At 2:24 quanto a esse vocábulo usado para indicar «Deus». Comparar com Cl 2:19 quanto ao fato que os gnósticos não reputavam Cristo como «o Cabeça»).
«...os resgatou...» O grego diz aqui «agoradzo», «comprar». (Comparar com 1 Pe 1:18,19, onde se vê que é o «sangue de Cristo» que compra, embora ali tenha sido usado um termo grego diferente do daqui. Assim sendo, a negação feita pelos gnósticos tinha algo a ver com a rejeição da expiação de Cristo como elemento de valor no plano de redenção. Eles pensavam que poderiam livrar-se do pecado abusando do corpo, promovendo a fuga da alma para o campo da realidade final, mediante ritos mágicos, conhecimento para os iniciados—um falso misticismo. Tudo isso, segundo a concepção deles, eliminava a necessidade de expiação pelo pecado, segundo o N.T., ensina. A maioria dos gnósticos tinham o ponto de vista «docético» sobre Cristo, isto é, que a sua natureza humana seria ilusória; sua vida como homem seria apenas um «ato» fingido da parte de um «aeon» qualquer; e os sofrimentos de Cristo não teriam sido reais, o que eliminava mais ainda qualquer valor em sua expiação. Essa é a idéia de expiação, subentendida no presente versículo. Cristo torna os homens propriedades suas, mediante o valor de seu sangue vertido.
Não precisamos estender a metáfora a ponto de perguntar «para quem» foi pago o preço. Alguns têm imaginado que o preço foi pago para «Satanás», e outros pensam que o foi para «Deus», como que para aplacá-lo e tirar-lhe da mente a idéia de julgar aos homens. A metáfora usada não precisa ser desenvolvida a esse ponto; e, se assim o fizermos, cairemos em problemas teológicos. (Ver Hb 10:29; onde são mencionados aqueles que pisavam ao Filho de Deus e profanavam o sangue do pacto, através do qual tinham sido consagrados).
«...repentina destruição...» O fim de tais heréticos é a perdição, e não a salvação, embora totalmente imaginassem que seu sistema, por eles mesmos criado, pudesse levá-los à salvação. (Comparar isso com Judas 4,15,17). A condenação dos hereges é certa e terrível, sendo pintada como algo que subitamente lhes sobrevirá. (Ver Cl 3:6). No presente versículo, mui provavelmente, o autor pensava sobre a «parousia» como aquele acontecimento que trará súbita perdição para os hereges; e ele esperava tal acontecimento para seu próprio período de vida terrena, conforme fica demonstrado no terceiro capítulo desta epístola. Seja como for, conforme Deus computa o tempo (ver 2 Pe 3:8), esse acontecimento e a subsequente perdição eterna dos heréticos não podem estar mesmo longe.
«Há um melancólico humor na advertência que todo aquele que introduz heresias destruidoras na igreja, traz súbita perdição para si mesmo, 'reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios' (2 Pe 3:7). O jogo de palavras com o termo grego 'apoleia' (perdição) é intencional e eficaz». (Barnett, in loc).



Se este versículo não ensina outra coisa, pelo menos ensina que Cristo soluciona, em favor do crente, o problema de lealdade. Ser alguém cristão é ter a Jesus como seu Senhor; e ninguém tem a Cristo como seu Salvador se também não o tem como seu Senhor e vive de modo a ser uma comprovação desse fato.
2:2: E muitos seguirão as suas dissoluções e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade;
É impossível alguém salientar em demasia o imperativo moral do evangelho. Ele nos ensina que a verdadeira santidade, produzida pelo processo santificador, é imprescindível para a salvação. (Ver 2 Ts 2:13, que declara exatamente isso; e ver 1 Ts 4:3 quanto a «santificação»). Na vida do crente, a santidade deve ser algo mais do que meramente «forense», ou seja, envolve mais do que o decreto divino que nos declara santos em Cristo. Também deve tornar-se uma realidade vivida diariamente. O trecho de Rm 3:21 mostra que o crente deve vir a participar da própria santidade de Deus. E isso não é mero ideal teológico; é mister que se torne uma realidade na vida do crente. Por essa razão é que o Senhor Jesus ordenou-nos ser «santos como é santo vosso Pai celestial» (Mt 5:48). De fato, não pode haver salvação sem essa santidade. (Ver Hb 12:14). A salvação pode ser comparada a uma corrente com vários elos. Acha o homem em qualquer lamaçal onde ele se encontra submerso. Desce até qualquer nível de depravação. É nesse ponto em que o indivíduo pode começar a confiar em Cristo, experimentando a conversão. Porém, a corrente de ouro da salvação não nos abandona ali e nem meramente declara que somos santos, se de fato não o somos. Pelo contrário, o homem sai da masmorra e segura firme o elo da santificação. Por intermédio disso ele é levado até à «glorificação», ao elo da corrente de ouro que atinge a realidade final, aos lugares celestiais (Ef 1:3). Sem esse elo da santificação interrompe-se a corrente e a salvação não pode tornar-se uma realidade.
Exatamente nesse ponto é que os gnósticos tanto falhavam. Transformavam a santidade cristã em licenciosidade. Imaginavam que toda a forma de depravação corporal ajudaria a destruir o corpo; e eles pensavam que o corpo físico é a sede do pecado, por participar da matéria, o princípio pecaminoso, segundo eles pensavam. Daí supunham tolamente que um homem pode abusar de seu corpo mediante várias depravações, especialmente de natureza sexual, sem que a alma em nada fosse prejudicada. Portanto, os gnósticos não entendiam que tanto a alma como o corpo são santos, e que tanto a primeira como este último serão finalmente remidos (ver 1 Co 15:20,35,40). Portanto, o trecho de Rm 12:1,2 retrata a santidade como algo obtido mediante a apresentação do «corpo» a Deus, como um sacrifício vivo.
O que sucedia no sistema gnóstico é que a antiga ética paga veio a ser aceita como prática oficial, através dessa distorção teológica. O vício e o pecado se tornaram a prática oficial e aceita, mediante o truque sofista que a depravação ajuda na destruição do corpo, e que isso é recomendável. Os gnósticos, por conseguinte, haviam desistido da batalha moral, tendo divorciado a santificação da inquirição espiritual. (Isso pode ser confrontado com o trecho de 2 Tm 3:6, que afirma: «Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões»). Os «falsos mestres» incluíam, em suas doutrinas, que a licenciosidade sexual é benéfica para o progresso espiritual do indivíduo; sempre conseguiam encontrar certas mulheres, nas igrejas, dispostas a se submeterem a toda a forma de atos depravados, tendo aceito a posição gnóstica.
«...será infamado o caminho da verdade...» Os próprios mestres falsos haveriam de difamar a ética cristã e sua doutrina de santidade. Mas os de fora, contemplando a igreja conduzir-se como um bordel, e seus «líderes» agindo como se fossem os gerentes do mesmo, haveriam de «zombar» do «caminho cristão», e com razão.
Na epístola de Judas, a lassidão em questões sexuais (perversão focalizada acima de todas, neste versículo), é tratada como um correlato de heresia. (Ver Jd 4,6,8,13,18 e 23). Notemos que aqui o grego usa uma forma plural da palavra aqui traduzida por «práticas libertinas», o que provavelmente indica que os falsos mestres se ocupavam de grande variedade de depravações sexuais, juntamente com outros hábitos morais duvidosos. Seus atos eram variados e freqüentemente repetidos.
«...caminho...»A fé cristã veio a ser conhecida como «o Caminho». (Ver At 9:2; 22:4; 24:14 sobre isso). O «Caminho» seria ridicularizado por estranhos ao virem que tornava os homens ainda mais paganizados que antes. Tudo isso negaria o poder de Cristo, o qual é «...o Caminho...», no dizer de João 14:6, transformando-o em agente de depravação, e não de santidade. (Isso pode ser confrontado com o trecho de Rm 2:24, onde se vê que Paulo acusou os judeus de fazer Deus ser blasfemado entre os pagãos, devido à sua conduta, em contradição à doutrina judaica. Comparar também com 2 Co 6:3, onde Paulo exorta os líderes da igreja a terem cuidado com sua conduta, para não ser «censurado» o ministério). Se fazemos parte da igreja, e especialmente se ocupamos posição de liderança, o que fazemos afeta a avaliação de outras pessoas acerca de Cristo e da fé que ele ensinou. Somos os únicos representantes de Cristo com que algumas pessoas contam. Eles o julgam, com a sua fé, por nosso intermédio. De nada adianta dizer: «Não deveria ser assim». Esse é um fato inegável, que não se pode mudar.
«A semelhança de Pied Pipers, suas palavras suaves engodam os que buscam o novo ensinamento, conduzindo os inocentes à lenta mas firme desintegração de suas mentes, afetos e vontades». (Homrighausen, in loa). Os falsos mestres transmutam «o Caminho» no «caminho de Balaão» (ver 2 Pe 2:15).
«...verdade...» Temos aqui o evangelho em sua verdade ética, representado nos escritos e na predica apostólicos. Provavelmente os gnósticos exageravam e pervertiam a doutrina cristã (especialmente paulina) da «liberdade» acerca de questões indiferentes, transformando-a em libertinagem. Desse modo é que eles «deturpavam» o sentido dos escritos paulinos (ver 2 Pe 3:16). Assim também Ecumênio descreveu os nicolaitas e os gnósticos como «extremamente profanos em suas doutrinas e em sua conduta». Clemente de Alexandria fala acerca das «vidas despudoradas» dos falsos mestres, o que trazia «infâmia» contra o bom nome do cristianismo.
2:3: também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles faraó de vos negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita.

Este versículo é paralelo a Jd 11 e 16. Os falsos mestres abandonam o juízo correto e o senso espiritual, em troca da «obtenção» do erro de Balaão, tornando-se lisonjeadores, a fim de obterem vantagens financeiras. Os falsos mestres, se utilizam da «religião» para obterem vantagens pecuniárias. Aproveitam-se dos sentimentos religiosos de outros a fim de promoverem seu próprio enriquecimento. Jesus repreendeu os líderes religiosos do judaísmo, devido ao seu hábito de «roubarem» as casas das viúvas. Obtinham as propriedades das viúvas por meios ilegais, ou então encorajavam-nas a doarem as mesmas ao templo; e daí, o passo era bem curto, até cair tudo nas mãos deles. (Ver Mt 23:14). Quantos líderes das igrejas evangélicas ortodoxas de nossos dias tiram proveito dos sentimentos de mulheres idosas e as encorajam a «lembrarem da igreja» em seus testamentos, assim furtando a família dessas viúvas? Outros se têm enriquecido através de campanhas de evangelização e de curas, que atraem muitos milhares de pessoas. Mais de um «evangelista» de nossa época se tem feito um milionário. Portanto, é possível que pessoas «ortodoxas» se envolvam na «comercialização» da fé cristã.



Os falsos mestres tiravam bom proveito de suas «atividades religiosas». Eles anelavam por satisfazer seus desejos físicos; cobiçavam dinheiro. A acusação de avareza é lançada contra os falsos mestres mediante os termos «...palavras fictícias...» O evangelho gnóstico, que parecia tão bom e atrativo, uma vez apanhada a atenção dos símplices, para os falsos mestres se transformava em um meio de vida, em uma fonte de ganhar dinheiro ilicitamente. O autor sagrado, pois, contrasta essa corrupta mensagem com a «verdade» (o evangelho pregado pelos apóstolos, ver o segundo versículo deste capítulo). Assim, também Paulo falou sobre homens sinceros em contraste com os que «mercadejam» com a Palavra de Deus (ver 2 Co 2:17; comparar também com Tg 4:13). Os falsos mestres exploravam o sexo e as aventuras financeiras. Eram exploradores do corpo das mulheres que de nada suspeitavam, bem como exploradores financeiros dos discípulos que conseguiam fazer. Não admira que epístolas como as de Colossenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, 2 Pedro, Judas e as três epístolas de João tivessem sido escritas contra tais homens. É triste a situação quando homens supostamente espirituais se tornam «comerciantes, e não profetas».
«...para eles, o juízo lavrado há longo tempo não tarda...» Isso concorda com outras passagens bíblicas que pintam o pecado como algo que Se acumula, envolvendo uma condenação necessária, até que o cálice encha e transborde, na forma de um severo e final julgamento. A acumulação de pecado não pode resultar em julgamento «tardio». Espumeja e ferve, até que resulta em julgamento.
«O juízo é representado como algo vivo, desperto e expectante. Desde há muito o juízo deu início à sua carreira, em sua vereda destruidora; e a sorte dos anjos que caíram, e o dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra foram apenas ilustrações incidentais de seu poder; e desde então não se tem mostrado tardio... “Continua avançando, forte e vigilante como quando a princípio saltou do peito de Deus, e não deixará de atingir o alvo que lhe foi apontado desde a antiguidade.
(Salmond e Lillie).
«O juízo foi proferido desde a antigüidade no caso de muitos pecadores similares; não é letra morta, e também sobrevirá prontamente a esses homens».
O autor sagrado tinha em mente o julgamento que será inaugurado pela «parousia», um fato que ele não via como distante. Então é que o julgamento será levado à sua plena fruição (ver o nono versículo). O presente versículo ensina, como o N.T. o faz por toda a parte, que o «julgamento» terá lugar quando da «parousia» ou segundo advento de Cristo, e não quando da morte física do individuo. embora, sem dúvida, algumas formas preliminares de julgamento se verifiquem no «mundo intermediário», tal como sucede até mesmo neste mundo. O que fica implícito em 1 Pe 4:6, em vinculação com 1 Pe 3:18-20, é que, até ao tempo da «parousia», a redenção é possível, embora sempre por intermédio de Cristo e da fé nele.
«...não dorme...» Trata-se o julgamento de algo como que vivo, que tem um desígnio e um propósito inevitáveis. O termo aqui traduzido por «dorme» é o mesmo aplicado às virgens imprudentes da parábola de Mt 25:5. No dizer de Strachen, in loc, em Is 5:27 essa palavra «...é usada para indicar os instrumentos da ira de Deus, utilizados contra aqueles que são culpados de abusos sociais». (Este versículo pode ser comparado com 1 Tm 6:5, onde a obtenção de dinheiro é vinculada à «impiedade», como se a profissão religiosa falsa fosse meio de iniquidade).
A justiça é inevitável. A demora aparente não é prova de que a justiça foi esquecida neste mundo. Precisamos postular uma justiça eventual, que trará a retribuição ou o galardão. É óbvio que isso não ocorre plenamente neste mundo. Contudo, confiamos em Deus, de que ele trará isso eventualmente. De outro modo, este mundo seria governado caoticamente. Moralmente falando, deve existir Deus, porquanto somente a «divindade» pode ter inteligência e poder suficientemente profundos para saber como julgar e galardoar. Por conseguinte, a imortalidade também deve ser um fato, pois neste mundo isso não se cumpre. Assim, pois, a concretização da justiça deve esperar o mundo posterior, e os homens deverão sobreviver à morte física, a fim de poderem ser julgados. Há uma eterna lei da colheita, segundo a semeadura, a qual se aplica a todos os homens. (Ver Gl 6:7,8). Até mesmo os crentes receberão aquilo que tiverem praticado «...por meio do corpo», no dizer de 2 Co 5:10. Bibliografia R. N. Champlin                

                                                                                                                          Pr. Magel