DESAFIOS,

           
                                   A LUTA CONTRA A DISSOLUÇÃO DA FAMÍLIA
   
                                             OS DESAFIOS DA IGREJA HOJE

                                              Igreja Batista Novos Tempos

 Igreja a prova de fogo é aquela que resiste aos ataques contra a moral e dissolução da família
 a igreja precisa ser uma incentivadora da fidelidade conjugal na,   pós-modernidade.   

"Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlte­ros". Hb 13.4

 Verdade Aplicada

 Digno de honra entre todas as instituições seja o casamento entre o homem e a mulher.

 Mt 19.3      Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao ho­mem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

Mt 19.4      Ele , porém, respon­dendo, disse-lhes: não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea,

Mt 19.5      E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?

Mt 19.6      Assim não são mais dois, mas uma só carne. Por­tanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Mt 19.9      Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.

A FAMÍLIA


"E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a" (Gn 1.28).

 A família é uma instituição di­vina. Cada um de seus membros deve fazer a sua parte a fim de promover a felicidade, a integrida­de e o fortalecimento da união fa­miliar; e desempenhar sua missão bíblica para a glória de Deus.

A frase dita por Josué "Eu e a minha casa serviremos ao Se­nhor" talvez seja uma das mais conhecidas da Bíblia. Ele já de­cidira. Deus não estará aguar­dando um posicionamento nos­so em relação a nossa família? Talvez estejamos passivos de­mais diante da situação em que nossos familiares se encontram. Josué fez a sua escolha. E você? Pense nisso.

 A família foi a primeira insti­tuição divina e possui atribuições como: vida íntima conjugal, pro­pagação do gênero humano, sub­sistência, educação, proteção e afe­to. Deus tinha um propósito espe­cífico ao estabelecê-la, portanto, conferiu responsabilidades a cada membro dela e um dia teremos de prestar-Lhe contas.

Para que ela alcance o ideal di­vino, cada componente deve exer­cer seu papel com fidelidade, dili­gência e amor. O maior modelo de paternidade em que podemos nos espelhar é o do Pai celestial, pois Ele consegue harmonizar amor com justiça e bondade com seve­ridade (Rm 11.22). Entretanto, a Bíblia fornece alguns bons exem­plos de pais que obtiveram gran­de sucesso em seu lar. Aprenda a ter o respeito de sua família como Noé, a ser um grande líder como Josué e a exercer o sacerdócio no lar como Filipe.

 Com esta lição, damos início a uma série de ensinamentos bí­blicos acerca das ameaças à inte­gridade e ao bem-estar da famí­lia. Trataremos também de con­ceitos e padrões bíblicos estabe­lecidos por Deus para a bênção e felicidade de tal instituição. A fa­mília, em síntese, como estrutu­ra social, deve identificar-se e re­lacionar-se intimamente com a igreja. Na tão conhecida e instru­tiva passagem sobre a família (Ef 5.28-33; 6.1-4), a Palavra de Deus cita a igreja seis vezes.

 Conceito e atribuições da família

 1. Conceito. Família é o sis­tema social básico, instituído no Éden por Deus, para a constitui­ção da sociedade e prossecução da raça humana. Os primeiros capí­tulos de Gênesis revelam que a família foi a primeira das instituições divinas na terra.

 Jesus utilizou-se da família para ilustrar certos atributos, atos, qualidades e dádivas de Deus, como o amor, o perdão, a longanimidade, a paternidade. Vários dos milagres de Jesus estão relacionados à família, suas necessidades, provações, encargos e responsabilidades (Mt 8.5-15; 9.18-26; Jo 2.1-11; 4.46-54; 11.1-45). Isto nos leva a imaginar o grande valor que Deus confere a esta sua primeira e vital instituição humana.

2. Atribuições da família. Dentre as muitas atribuições da fa­mília, enumeramos algumas con­sideradas relevantes:

 a) Vida íntima conjugal. Só o casamento justifica e legitima a união sexual marido-mulher. Logo no primeiro capítulo da Bíblia está escrito a respeito do primeiro ca­sal, "Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (v.28). E como se dá tal multiplica­ção? Pela união física do casal, que deve decorrer do amor e do con­senso mútuo. No capítulo seguinte (Gn 2.24) está também registrado que, após o casamento, homem e mulher "serão ambos uma carne".

 b) Propagação do gênero hu­mano. Este foi um dos propósitos de Deus quando da instituição da família: a geração de filhos, para o povoamento da terra e a prosse­cução do gênero humano. Deus conferiu esta faculdade ao casal, o que constitui uma elevada res­ponsabilidade (Gn 1.28).

 c) Subsistência. Basicamente, a motivação que está subentendida no desempenho diuturno e peno­so do trabalho e igualmente do exercício das profissões é o susten­to, o conforto, o bem-estar; enfim, o atendimento suficiente e sensa­to das necessidades dos membros da família.

 d) Educação. Os filhos são he­rança do Senhor (Sl 127.3) e não meros acidentes biológicos na vida do casal. Cada filho que nasce ou que é admitido na família importa em cinco principais responsabili­dades para os pais: um corpinho para cuidar (vestuário, saúde, etc); um estômago para alimentar; uma personalidade para formar; uma mente para educar e uma pessoa completa para ser conduzida a Cristo, seu Salvador e Senhor.

 e) Proteção. É responsabilida­de dos pais prover no lar paz, har­monia, sossego, união, proteção e amparo. Ver as lições espirituais de Deuteronômio 22.8.

 f) Afeto. As relações afetuosas, fraternas e cordiais iniciam-se na família. É nesse ambiente, propí­cio e acolhedor, que a criança re­cebe afeto, cuidado amoroso dos pais e irmãos mais velhos, e apren­de a praticá-lo.



 A família de Deus

 Deus valoriza tanto a família que a tomou como exemplo para ilustrar o seu relacionamento com a igreja, como já mostramos na in­trodução desta lição.

 1. Deus, nosso Pai. Deus é o nosso supremo exemplo quanto ao papel da paternidade. Vejamos algumas de suas características como nosso Pai celestial.

 a) Pai cuidadoso e provedor que Jamais falha. Ele cuida de cada um de seus filhos (Mt 10.31) e de suas necessidades (Mt 6.8). Ele, que já nos deu a suprema dádiva do céu — Jesus, não nos daria também com Ele todas as coisas? (Rm 8.32).

 b) Pai amorável. Não há maior amor que o de Deus por nós (Jo 3.16; 15.13; 1 Jo 4.10,19; Rm 5.8). Ele é de igual modo compassivo e amoroso para com o filho que erra (Lc 15.20).

c) Pai que disciplina. O filho sempre está sujeito à disciplina amorosa de seu pai. A disciplina é um sinal do amor de Deus para com seus filhos, visando seu bene­fício (Hb 12.5ss). Mediante a dis­ciplina, Deus visa nos tornar me­lhores discípulos dEle. Os termos disciplina e discípulo têm sua ori­gem no mesmo radical latino que significa aprender.

d) Pai per doador. Não há pas­sagem que ilustre tão bem esta característica quanto a parábola do Filho Pródigo (Lc 15.11-32).

 e) Pai conciliador. Na mesma parábola do Filho Pródigo, Jesus nos mostra que, muitas vezes, os pais são os apropriados e idôneos mediadores de conflitos na famí­lia (Lc 15.31,32).

 2. O relacionamento entre os irmãos. Segundo a Bíblia, os filhos de Deus devem sempre se relacionar bem uns com os outros ba­seados no amor. O apóstolo João, em outras palavras, nos diz que Deus não habita naquele que não ama a seu irmão (1 Jo 4.11,20,21; 2.9-11; Jo 13.34), o que evidente­mente não é filho de Deus! "Se ama­mos uns aos outros, Deus continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado" (Bíblia de Es­tudo Pentecostal).

Os crentes devem ser conheci­dos pelo amor que demonstram uns aos outros, pois quando assim fazem, eles imitam a seu Senhor e Mestre (Jo 13.35).

 O amor de Deus manifesto em nós é um distintivo do cristão que o leva a considerar seus semelhan­tes com estima, respeito, justiça e compaixão. O amor cristão é uma virtude inspirada e exemplificada por Cristo. Este amor permeia todo o evangelho (Jo 3.16; Mt 22.34-40; 1 Tm 1.5; Jo 15.12) e é, em resu­mo, a essência do cristianismo. Ele deve ser real no viver dos crentes para que sua vida espiritual na fa­mília de Deus — a Igreja (Ef 2.19) — seja abundante, abençoada e harmônica.

 Bons exemplos de família

Da Bíblia podemos extrair bons exemplos de famílias, que devem ser imitados:

 1. Noé. Mesmo idoso, com fi­lhos adultos, Noé ainda liderava sua família e tinha dela o respei­to e a submissão sem qualquer di­ficuldade. Seus filhos deixaram suas atividades e atenderam o chamado do pai (Gn 7.1-7; Hb 11.7). Como se vê, eles eram ca­sados, cada um com sua vida doméstica independente, ainda as­sim, não se recusaram a aceitar os conselhos do pai. O resultado é que esta obediência redundou na benção pessoal da preservação da vida de cada um deles e, mais do que isso, foram instrumentos ex­clusivos de Deus na preservação da espécie humana. Outrossim, Deus os abençoou na companhia de seu pai (Gn 9.1).

2. Josué. Em seu último ato público, Josué, como chefe de fa­mília temente a Deus, lançou ao povo um desafio: "Escolhei hoje a quem sirvais" (Js 24.15). Ele já ha­via feito sua escolha, por si e por sua família. Certamente assim procedeu Josué pela fé no Senhor, pois era homem de fé como se vê em Hebreus 11.30. A afirmação pública de Josué autentica sua convicção de que, deixando este mundo, sua família sobreviveria estruturada nos princípios decor­rentes dos valores que ele lhes ha­via passado durante toda a sua vida.

 3. Filipe. Nas suas incessan­tes lides em prol da causa do Mes­tre, Paulo não iria se hospedar com pessoas cujas vidas não demons­trassem um elevado quilate e ma­turidade espiritual condizente (At 21.8,9). O relato de Atos espelha a boa estrutura espiritual existente na família de Filipe, resultante de um investimento espiritual demorado e contínuo. A princípio, como diácono da igreja em Jerusalém (At 6.5), e mais tarde, como evangelista (At 8.4-40). Filipe, apesar de sua intensa atividade ministerial, não se descuidou do exercício sacerdo­tal no lar. Por isso, teve a grande satisfação de contemplar suas qua­tro filhas servindo a Deus, sendo portadoras de dons espirituais.

 Concluindo

 A Bíblia é clara quando afir­ma que sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15.15). Isto também é verdade no relacionamento fami­liar. O Senhor, sendo o centro do lar em tudo, concederá a sua bên­ção no sentido de que cada mem­bro da família dê sua contribui­ção para que o relacionamento cristão ideal seja uma realidade no lar, a fim de honrar o nome do Senhor. A Palavra de Deus é um guia para tudo na nossa vida. É dela que vamos extrair o padrão de comportamento que cada membro da família deve ter, a partir da mais tenra infância. Pro­cedendo assim, a vida de cada um de nós se aproximará bastante do ideal estabelecido por Deus.

 "O que é família? A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses uma das ou­tras. Em termos de unidade, é o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe, que visam ao bem-estar do lar; enfim, que se comunicam, se amam, se ajudam. Essa convi­vência exige o uso e a aplicação de toda a capacidade de viver em con­junto, a bem do perfeito e contí­nuo ajustamento entre seus mem­bros e destes para com Deus. O convívio entre os familiares indi­ca o grau e o nível da relação com o Pai e determina o curso do su­cesso na família... A despeito da desobediência de Adão e Eva, Deus não mudou seu plano quanto à instituição da família, pois era o meio lícito e puro para perpetuar a raça humana em nível de eleva­da moral. Eles foram castigados por sua desobediência, mas antes de expulsá-los do Éden, Deus deu-lhes sinal da sua graça e a promes­sa de redenção: 'E fez o Senhor Deus para Adão e para sua mulher túnicas de peles e os vestiu' (Gn 3.21). Portanto, logo que o primei­ro casal tombou diante do comba­te de Satanás, o Criador manifes­tou a sua bondade em prol da res­tauração da paz e da alegria de suas preciosas criaturas.

 Deus se interessa pelo bem es­tar e pela salvação de sua família, Ele demonstrou que não deseja vê-la despida das qualidades morais, virtudes de uma sociedade digna do Criador, próspera e feliz. Cui­de de sua família! Lucas, ao encer­rar a genealogia de Jesus, identifi­ca o Mestre com toda a raça hu­mana, dizendo: 'E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) fi­lho de José, e José de Eli', e con­clui com: 'E Cainã, de Enos, e Enos, de Sete, e Sete, de Adão, e Adão, de Deus'(Lc 3.23-38).

A família foi cri­ada por Deus para cumprir a sua vontade e habitar com Ele na gló­ria eterna: 'Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa' (At 16.31)." (... E Fez Deus a Família.                         

                                                                                                                             Pr.Magel

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